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APM O que te levou a emigrar para o México?  

 

JB Em 2011 fiz uma viagem ao México, com o pretexto de conhecer algumas das obras do arquitecto mexicano Luis Barragán, onde descobri espaços com uma atmosfera única, “as caricias da penumbra e os mistérios da obscuridade”, a luz calma e vibrante, revela-nos juntas, reflexos, texturas, favorecendo o repouso, todos os sentidos são estimulados de forma subtil, usando as palavras de Álvaro Siza, “uma arquitectura que nos envolve como presença física, simples e densa”.

 

No processo de preparação da viagem fui conhecendo também os conceitos e obras de outros arquitectos mexicanos, que me despertaram algum interesse, tanto pelo uso e domínio técnico dos materiais tradicionais, como a importância dada aos espaços “entre” em cada intervenção. Em Março de 2013, surgiu a oportunidade de trabalhar no gabinete de arquitectura do arquitecto Armando Birlain (SAC – studio de arquitectura y ciudad), que me pareceu muito interessante e desafiante, pelo facto de trabalhar num contexto muito diferente do que conhecemos em Portugal, tanto a nível arquitectónico, como social e cultural. Uma oportunidade para trabalhar nos extremos, podendo num dia estar a fazer um projecto de caris social para pessoas extremamente carenciadas e no dia seguinte um projecto de completamente oposto, e encarar os dois com a mesma paixão, encontrando a forma que realiza com eficiência e beleza a síntese entre o necessário e o possível, tendo em atenção que essa forma vai ter uma vida, vai constituir circunstância.

 

APM Como foi a adaptação ao país?  

 

JB Estou no México á poucos meses e a adaptação ao país esta a ser gradual, é uma mudança cultural significativa, desde a aprendizagem da língua, o clima, os horários, a comida, até aos simples odores que nos invadem passeando pela cidade.

 

 

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